O universo do ESG tem dominado as tendências do Google nos últimos seis meses, indicando uma crescente conscientização e ênfase em práticas ambientais, sociais e de governança. Enquanto as maiores empresas do Brasil incorporam genuínas pautas ESG em suas cadeias de valor, muitas outras se destacam apenas por discursos vazios. Ao explorarmos os sites dessas empresas, é surpreendente notar a ausência de políticas concretas, revelando um cenário preocupante de greenwashing.
A gestão de fornecedores é um campo crítico onde devemos agir com diligência para evitar práticas enganosas. Aqui estão seis dicas práticas para conduzir essa gestão de forma eficaz, minimizando o risco de greenwashing:
1. Segmente sua base de categorias: Utilizando técnicas consolidadas como a Matriz de Kraljic, identifique quais categorias apresentam riscos de compliance, contaminação, ou violações de direitos humanos. Categorias de alto risco devem ser elevadas ao patamar estratégico, personalizando a abordagem conforme as necessidades específicas da sua empresa.
2. Monitore com tecnologia toda a base: Empregue avançadas ferramentas tecnológicas para buscar e verificar, por meio do CNPJ, se seus fornecedores estão em listas restritivas. Atenção: escolha parceiros tecnológicos confiáveis, que utilizem fontes oficiais para garantir a integridade das informações obtidas. Não corra riscos comprando infromação de fontes duvidosas.
3. Evite simplificações nos indicadores: Diante de problemas identificados, evite soluções simplificadas que comprometam a integridade do processo. Encare desafios como oportunidades de aprimorar a cadeia de valor, não como obstáculos que possam ser simplesmente ignorados. É comum ver empresas que no lugar de regularizar a base de fornecedores eliminam a verificação do requsito que está irregular.
4. Revise a gestão de terceiros: Empresas terceirizadoras de mão de obra merecem atenção especial. Não basta verificar se não estão listadas em casos de trabalho escravo; exija documentação completa sobre a contratação regular de seus colaboradores. Competência na prestação de serviços e gestão de recursos humanos são critérios não negociáveis.
5. Análise detalhada para fornecedores estratégicos: Fornecedores estratégicos demandam um monitoramento mais rigoroso. Além de ferramentas tecnológicas, avalie documentações de compliance, situação financeira, requisitos específicos e responsabilidade social e ambiental. Vá além da análise documental; promova a autoavaliação e auxilie seus fornecedores a melhorarem constantemente.
6. Disponibilize treinamentos ESG para toda a base: Não restrinja treinamentos ESG aos fornecedores estratégicos. Torná-los acessíveis a toda a base e ao “vendor list” é fundamental para garantir uma compreensão ampla dos requisitos ESG da sua empresa, tornando isso um critério desclassificatório caso não seja cumprido.
A abordagem ao ESG vai além da adesão à última moda corporativa; é uma oportunidade para impulsionar práticas sustentáveis que nos ajudem a cumprir a agenda 2030 e agragar valor ao planeta. Mesmo sem investimentos avaliações externas, é possível começar a agir. O ESG é uma jornada que todas as empresas podem e devem iniciar agora, contribuindo para um futuro mais consciente e responsável.
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